Projeto | |
Cineasta de mais de cem filmes e antropólogo de extensa obra escrita, Jean Rouch (1917-2004) atravessou o século como se vivesse sete vidas cheias de facetas e paradoxos. Ele foi ao mesmo tempo eminência parda do cinema francês moderno, antropólogo africanista com Doutorado defendido na Sorbonne em 1952 sobre os Songhay, pesquisador do CNRS por anos a fio e autor da obra mais importante de todos os tempos no campo do filme etnográfico. Como objeto privilegiado do seu trabalho, elegeu alguns países da África Ocidental (sobretudo Níger e Mali, mas também Costa do Marfim e Gana), dos quais nos deixou um acervo de imagens e sons sem paralelo. Mas também filmou muito na França e noutros países, revelando sempre, por onde tenha andado, curiosidade pelas diversas culturas e vontade de compreendê-las. Com o Brasil, Rouch estabeleceu uma relação de amizade e interesse recíprocos desde os anos 60, quando nos visitou pela primeira vez, por ocasião do Festival do Rio de 1965. Depois, voltou várias vezes, encontrou nossos melhores cineastas, acalentou projetos de filmes por aqui (jamais realizados) e marcou sensibilidades. Apesar destes vínculos históricos, de alguns lançamentos em DVD de seus filmes e de alguns estudos recentes, a difusão e o conhecimento da sua obra entre nós permaneciam parciais e lacunares. Para ajudar a preencher esta grave lacuna no ambiente cultural brasileiro, a Associação Balafon realizou em quatro capitais (São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília), de junho a agosto de 2009, sob os auspícios do MinC, de sua Secretaria do Audiovisual, do Instituto Moreira Salles e de uma série de parceiros institucionais no âmbito do Ano da França no Brasil, uma ampla Retrospectiva de 90 filmes, secundada por Colóquios internacionais e ciclos de conferências sobre o antropólogo cineasta. A “Caravana Rouch” estende suas atividades no ano de 2010 com um elenco mais conciso de 36 filmes distribuídos em 17 programas, em outras 7 capitais brasileiras – Belém, Salvador, João Pessoa, Porto Alegre, São Luís, Florianópolis e Recife. Além disso, a publicação do catálogo Jean Rouch/ Retrospectivas e Colóquios, organizado pela curadoria da mostra, completa o tripé em que ela se estruturou (exibição, discussão, documentação), para muito além de tudo o que já se fizera no Brasil sobre Rouch nestes três âmbitos. por Mateus
Araújo Silva
Ficha
técnica
Concepção
e curadoria das Retrospectivas e dos Colóquios
Concepção
e curadoria da Mostra Itinerante
Coordenação
geral
Assistente
Coordenação
em Brasília
Equipe de produção
Assistentes de produção
Apoio em São
Paulo
Interpretariado
Tradução
dos filmes
Revisão das
traduções
Legendagem eletrônica
Legendagem em dvd
Gravação dos colóquios e ciclos de conferência Em São Paulo
No Rio de Janeiro
Em Belo Horizonte
Em Brasília
Assessoria de imprensa
Coordenação
de Divulgação da Mostra Itinerante
Catálogo Coordenação
editorial, organização, redação, tradução
e pesquisa
Projeto gráfico
Editoração
eletrônica
Fotografias gentilmente cedidas pelo Ministère des Affaires Étrangères et Européennes da França Realização
Dirigida por
Agradecimentos
(em ordem alfabética)
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